Mauá

Caso Vitória: contradições marcam investigações da morte em Cajamar

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Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, foi encontrada morta em uma área de mata em Cajamar, na Grande São Paulo, na última quarta-feira (5), após uma semana desaparecida. A investigação policial se concentra em contradições nos depoimentos de testemunhas e suspeitos. O caso segue sem solução, cercado de incertezas.

A Polícia Civil de São Paulo, a partir da Delegacia de Polícia de Cajamar que conduz as investigações, têm se deparado com inconsistências nos relatos de pessoas próximas à vítima, o que tem gerado questionamentos e a necessidade de aprofundar as investigações.

ex-namorado da vítima, Gustavo Vinicius, apresentou versões conflitantes sobre o empréstimo de um veículo a um amigo. A polícia possui prova contundente da presença de Gustavo próximo ao local do crime, segundo o delegado Aldo Galiano Junior. Gustavo alega ter procurado a polícia por medo de ser morto.

Segundo apurou a CNN, um dos pontos que chamou a atenção dos investigadores foi a afirmação de que o crime teria ocorrido justamente no dia em que o carro do pai da vítima quebrou, impedindo-o de buscá-la como de costume. A coincidência da quebra do veículo do pai da vítima, no dia do crime, impossibilitando-o de buscá-la, levantou suspeitas.

Estado em que corpo foi encontrado dificulta investigação

A apuração do caso de Vitória Regina de Sousa, uma jovem de 17 anos encontrada sem vida, após uma semana de buscas, apresenta diversas complexidades e dificuldades, segundo o delegado encarregado da investigação, Dr. Fábio Lopes Cenachi.

Saiba porque o estado em que corpo foi encontrado dificulta investigação

Conforme o delegado, um desafio crucial é a dificuldade em determinar as circunstâncias da morte, especialmente quando o corpo é encontrado em estado avançado de decomposição.

“Naquelas condições em que o corpo estava ontem, os fenômenos já estão adiantados, estão com dias de morte. É cedo e é pouco profissional nós traçarmos qualquer deliberação. Não dá para traçar nem algum elemento de como teria sido infligido a morte”, afirma o delegado.

Em entrevista coletiva, o delegado demonstrou a necessidade de aguardar os laudos periciais do IML (Instituto Médico Legal) para obter informações precisas sobre a causa da morte e outros elementos relevantes para a investigação.

Além disso, o delegado enfatiza a importância da cautela na divulgação de informações, visando proteger a investigação e a família da vítima. A precaução adotada pela polícia reflete a preocupação em evitar a divulgação de informações que possam comprometer o trabalho da polícia ou causar ainda mais sofrimento aos familiares da vítima.

Relembre o caso

desaparecimento e a trágica morte de Vitória Regina de Sousa, uma jovem de 17 anos comoveu os moradores de Cajamar (SP). A história começou em 26 de fevereiro, quando Vitória, após um dia de trabalho em um shopping local, pegou o ônibus de volta para casa.

Naquela noite, Vitória compartilhou mensagens de texto com uma amiga, expressando o medo que sentia ao perceber que estava sendo seguida por dois homens. Testemunhas relataram ter visto um automóvel com quatro homens seguindo a jovem depois que ela desceu do ônibus.

Após seu desaparecimento, a cidade se uniu em buscas incessantes. A polícia e os familiares, apoiados por diversos agentes, cães farejadores e drones, procuraram por Vitória em todos os cantos da região.

A angústia chegou ao fim em 5 de março, quando o corpo de Vitória foi encontrado em uma área de mata em Cajamar. O corpo da jovem estava em estado avançado de decomposição e apresentava sinais de violência. Um policial que estava no local das buscas informou que o corpo da vítima foi bastante violentado. A jovem estava com a cabeça raspada e sem as roupas.

A Delegacia de Polícia de Cajamar assumiu a responsabilidade pela investigação, trabalhando com diversas hipóteses para o crime. Mais de 11 testemunhas foram ouvidas e dois veículos foram apreendidos para perícia. A principal linha de investigação é que a morte de Vitória foi por vingança.

Entre os suspeitos, o nome de Gustavo Vinicius, ex-namorado de Vitória, ganhou destaque. Ele chegou a prestar depoimento na delegacia, mas foi liberado após a justiça negar o pedido de prisão temporária feito pela equipe de investigação. Segundo o delegado, o ex-namorado foi à delegacia por medo de ser morto pelos outros suspeitos.

O corpo de Vitória foi velado e enterrado sob forte comoção de parentes, amigos e moradores da cidade. Gritos de “justiça” foram entoados durante o sepultamento.

Linha do tempo

A CNN preparou uma linha cronológica desde o desaparecimento até o momento em que o corpo foi encontrado nessa quarta-feira (5). Confira.

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